terça-feira, 9 de novembro de 2010

Proclamação da República

História da Proclamação da República, crise da monarquia, governo provisório do Marechal Deodoro da Fonseca,
Movimento Republicano, fim da monarquia brasileira, dia 15 de novembro


Marechal Deodoro da Fonseca - Proclamação da República - 15 de Novembro de 1889

Introdução

No final da década de 1880, a monarquia brasileira estava numa situação de crise, pois representava uma forma de governo que não correspondia mais às mudanças sociais em processo. Fazia-se necessário a implantação de uma nova forma de governo que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais.

Crise da Monarquia

A crise do sistema monárquico brasileiro pode ser explicada através de algumas questões:

Interferência de D.Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja Católica;


Críticas feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam descontentes com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;


A classe média (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do império;


Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico;

Diante das pressões citadas, da falta de apoio popular e das constantes críticas que partiam de vários setores sociais, o imperador e seu governo encontravam-se enfraquecidos e frágeis. Doente, D.Pedro II estava cada vez mais afastado das decisões políticas do país. Enquanto isso, o movimento republicano ganhava força no Brasil.

A Proclamação da República

No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o marechal assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório.

Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de presidente do Brasil. A partir de então, o pais seria governado por um presidente escolhido pelo povo através das eleições. Foi um grande avanço rumo a consolidação da democracia no Brasil.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

500 anos de eleições

As eleições não são uma experiência recente no país. O livre exercício do voto surgiu em terras brasileiras com os primeiros núcleos de povoadores, logo depois da chegada dos colonizadores. Foi o resultado da tradição portuguesa de eleger os administradores dos povoados sob domínio luso. Os colonizadores portugueses, mal pisavam a nova terra descoberta, passavam logo a realizar votações para eleger os que iriam governar as vilas e cidades que fundavam. Os bandeirantes paulistas, por exemplo, iam em suas missões imbuídos da idéia de votar e de serem votados. Quando chegavam ao local em que deveriam se estabelecer, seu primeiro ato era realizar a eleição do guarda-mor regente. Somente após esse ato eram fundadas as cidades, já sob a égide da lei e da ordem. Eram estas eleições realizadas para governos locais.

As primeiras eleições

As eleições para governanças locais foram realizadas até a Independência. A primeira de que se tem notícia aconteceu em 1532, para eleger o Conselho Municipal da Vila de São Vicente/SP. As pressões populares e o crescimento econômico do país, contudo, passaram a exigir a efetiva participação de representantes brasileiros nas decisões da corte. Assim, em 1821, foram realizadas eleições gerais para escolher os deputados que iriam representar o Brasil nas cortes de Lisboa. Essas eleições duraram vários meses, devido a suas inúmeras formalidades, e algumas províncias sequer chegaram a eleger seus deputados.

Influência religiosa

A relação entre estado e religião, até fins do Império, era tamanha que algumas eleições vieram a ser realizadas dentro das igrejas. E durante algum tempo foi condição para ser eleito deputado a profissão da fé católica. As cerimônias religiosas obrigatórias que precediam os trabalhos eleitorais só foram dispensadas em 1881, com a edição da Lei Saraiva. Essa ligação entre política e religião somente cessou com a vigência da Constituição de 1891, que determinou a separação entre a igreja e o estado.

Eleições em quatro graus

As votações no Brasil chegaram a ocorrer em até quatro graus: os cidadãos das províncias votavam em outros eleitores, os compromissários, que elegiam os eleitores de paróquia, que por sua vez escolhiam os eleitores de comarca. Estes, finalmente, elegiam os deputados. Os pleitos passaram depois a ser feitos em dois graus. Isso durou até 1881, quando a Lei Saraiva introduziu as eleições diretas.

Eleições livres

Até 1828, as eleições para os governos municipais obedeceram às chamadas ordenações do reino, que eram as determinações legais emanadas do rei e adotadas em todas as regiões sob o domínio de Portugal. No princípio, o voto era livre, todo o povo votava. Com o tempo, porém, ele passou a ser direito exclusivo dos que detinham maior poder aquisitivo, entre outras prerrogativas. A idade mínima para votar era 25 anos. Escravos, mulheres, índios e assalariados não podiam escolher representantes nem governantes.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dia dos deficientes fisicos

A Organização das Nações Unidas (ONU) tem tido a atenção de olhar para os problemas sociais do mundo, estabelecendo datas comemorativas internacionais, com o objetivo de alertar a população e governantes sobre a importância de se criar projetos que garantam a qualidade de vida dos homens.
Dentro dessas perspectivas, o dia 03 de dezembro foi estabelecido como o Dia Internacional do Deficiente Físico, durante a realização de uma Assembleia Geral da ONU, no ano de 1992.
Como se vê, a escolha da data é muito recente, demonstrando o quanto as políticas públicas nunca estiveram voltadas para atender as necessidades dessas pessoas, que são limitadas em alguns de seus aspectos físicos.
A intenção da ONU foi gerar maior conscientização e compromisso governamental, através da elaboração de projetos que facilitem a rotina diária dessas pessoas, podendo receber as mesmas condições de vida.
Se imaginarmos as dificuldades que os deficientes encontram podemos perceber o quanto ficam impossibilitados de fazer as coisas mais simples, não por suas limitações, mas pela ausência de condições.
Os cadeirantes, por exemplo, não encontram meios de circular pelas ruas das cidades, por falta de rampas de acesso às calçadas, dificultando sua locomoção. Além disso, nem todo meio de transporte urbano é adaptado e adequado, o que impede que se desloquem com segurança.
Muitas limitações são encontradas pelos deficientes visuais. Existe uma linguagem universal para os mesmos, mas esta não é adotada. Como não aparece em quase nada, também restringe a vida dos deficientes visuais. Imagina uma pessoa viver sem poder escolher um produto de supermercado ou um prato num restaurante? É muito ruim não ter acesso ao mundo, dependendo o tempo todo de informações de outras pessoas. Será que eles se sentem livres?
Pelas dificuldades encontradas, os deficientes físicos muitas vezes não encontram meios de trabalhar. Isso é resultado da falta de políticas educacionais voltadas para esse fim. As escolas deveriam estar preparadas para atender a demanda de deficientes, garantindo aos mesmos o ensino técnico, voltado para o aprendizado de uma profissão. Dessa forma, por volta dos 16 anos, já teriam condições de entrar no mercado de trabalho.
Hoje em dia a lei garante emprego para uma parte dessa população, onde empresas são obrigadas a manter em seu quadro de funcionários um percentual de portadores de necessidades especiais. Facilmente presenciamos os mesmos nos supermercados, farmácias, lojas de roupas, bancos, etc. É justa a existência de uma lei voltada para esse fim, pois os deficientes possuem limitações, mas são capazes de produzir e merecem oportunidades.
No Brasil instituiu-se o dia 21 de setembro como o dia de luta das pessoas deficientes. A escolha da data foi pela proximidade da primavera, que representa a origem de tais reivindicações.

terça-feira, 14 de setembro de 2010


A origem da lenda da serpente sobre a cidade de ITAPEVA é incerta e precisa de dados concretos, lendas, contos populares, são transmitidas de geração a geração e progressivamente são acrescidos de detalhes curiosos conforme a época, costumes e pensamentos. A origem da lenda teria sido baseada em uma versão indígena que explicava o inexplicável, através de símbolos e fantasias.Na realidade seriam fenômenos físicos perfeitamente compreensíveis a luz da ciência e suas leis naturais, ITAPEVA possuiria um subsolo pouco consistente e em processo natural de mutação com camadas irregulares de rochas intercalados por zonas de areia, vazios e lençóis de água que mudam de curso, se interrompem, e se desgastam, ampliando áreas, provocando através dos tempos, pequenas depressões ou elevações na superfície.No universo simbólico de pessoas puras, dotadas de cultura própria como a dos índios, tais fenômenos teriam sido revestido de uma outra interpretação mais arquetípica, mitológica e fantástica, exatamente como se verifica em relação ás tempestades, inundações, secas e elementos como o sol e a lua.Segundo a versão indígena, existiria uma grande serpente no subsolo de sua aldeia (local da cidade de Itapeva) que se moveria de tempos em tempos ou a cada transgressão de algum elemento da tribo.
Assim como o trovão, interpretado como revolta colérica dos deuses, o movimento da serpente também funcionaria como “castigo”, se agitando sob o chão da tribo para assustar e ameaçar os que transgredissem as leis da comunidade.

OUTRA VERSÃO
Uma outra versão mais obscura e incompleta baseia-se num hipotético acontecimento dos primeiros anos da cidade.Toda a sociedade em formação possui normas e regras de comportamento social, deveres e obrigações em funções da comunidade.
Nós, que vivemos nos fins do século XX, numa sociedade mais permissiva não imaginamos o rígido padrão de comportamento e convívio social dominante no século XVII ou XVIII, com suas leis silenciosas, verdadeira inquisição ao menor deslize ás normas estabelecidas.Assim foi em relação a um fato ocorrido numa hipotética época em que se tornou público o relacionamento amoroso entre um padre (vigário) e a filha do coronel. A intransigência e intolerância vigente entre os representantes da sociedade não suportaram tamanha afronta á moral e aos bons costumes, sem se falar no sacrilégio que isso representava para os religiosos e a sua igreja.A amante passou o resto de sua vida enclausurada numa fazenda distante, vindo a falecer anos mais tarde num asilo da cidade e o vigário excomungado e expulso de sua paróquia.
A relação que existe entre a trágica estória de amor e a lenda da serpente teria sido um veemente pronunciamento do vigário em seu ultimo dia na cidade.
Das escadarias da Igreja, diante de um público assustado, ele teria dito em altos brados que a maldade e a intolerância, contidas no subterrâneo da alma das pessoas poderia destruir tudo o que de bom elas teriam construído. Que todos evitassem a má palavra, a má interpretação, ou o mau pensamento, pois isso seria como o despertar de uma grande serpente, símbolo do mal maior que, incrustado no subsolo (coração) da cidade, um dia viria tomar espaço na superfície, destruindo tudo para que houvesse um novo começo.
Tudo o que foi escrito é mera especulação, não possuindo bases concretas ou fundamento histórico e foi baseado em historias fragmentadas, coletadas em conversas com pessoas antigas da cidade.Vale observar que antigamente, sem os meios de comunicação de massa, como o radio e a televisão, as pessoas conversavam mais, a imaginação tinha um transito mais livre e as estórias corriam, se enriquecendo de detalhes.
Mas existe algo concreto que resta na ligação do imaginário popular e a realidade que é a eterna luta do bem e do mal que, afinal, rege todo o comportamento humano.
A lenda da serpente sob a cidade seria uma metáfora desse eterno confronto.






terça-feira, 31 de agosto de 2010

Denomina-se Independência do Brasil o processo que culminou com a emancipação política desse país do reino de Portugal, no início do século XIX. Oficialmente, a data comemorada é a de 7 de setembro de 1822, quando ocorreu o episódio do chamado "Grito do Ipiranga". De acordo com a história oficial, nesta data, às margens do riacho Ipiranga (atual cidade de São Paulo), o Príncipe Regente D. Pedro bradou perante a sua comitiva: Independência ou Morte!. Determinados aspectos dessa versão, no entanto, são contestados por alguns historiadores.

A moderna historiografia em História do Brasil remete o início do processo de independência à Transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821), no contexto da Guerra Peninsular, a partir de 1808.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

BULLYNG NAS ESCOLAS

Bulling é uma discriminação, feita por alguns cidadãos contra uma única pessoa. Mas não é uma coisa simples, que se pode vencer de um dia para o outro. Bulling é um mal que se carrega durante um período da vida muitíssimo grande. Quando alguém diz que seu cabelo está estranho, você provavelmente vai correndo para o espelho mais próximo para se arrumar. Agora imagina duas, três, dez pessoas, todo o dia, falando mal do seu cabelo, de coisas que você não tem culpa por ter ou muitas vezes por não ter. Sim, isso seria completamente insuportável, quer dizer, sua alto estima fica lá embaixo, e os malvados causadores do bulling seriam os heróis. O que você faria? Se mataria? Sim, existem crianças que se suicidam, mas não com a idéia de que a vida delas é uma droga, e, sim, de que eu vou morrer porque sou feia e tudo que eles dizem é verdade.

Apelidos como "rolha de poço", "baleia", "quatro olhos", vara pau entre outros e atitudes como chutes, empurrões e puxões de cabelo. Alunos "esforçados" que geralmente sofrem represalias por parte de seus colegas em geral não por caracteriticas fisicas mas também intelectuais são comportamentos típicos de alunos em sala de aula. Brincadeiras próprias da idade? Não. São atos agressivos, intencionais e repetitivos, que ocorrem sem motivação evidente e que caracterizam o chamado fenômeno bullying.

Sem equivalente na língua portuguesa, bullying é um termo inglês utilizado para designar a prática desses atos agressivos. As conseqüências são o isolamento, a queda do rendimento escolar, baixa auto-estima, depressão e pensamentos negativos de vingança.

Estudos mundiais revelam que, de 5% a 35% dos alunos estão envolvidos nesse tipo de comportamento. No Brasil, alguns estudos demonstraram que esses índices chegam a 49%.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Dia do Estudante


No dia 11 de agosto de 1827, D. Pedro I instituiu no Brasil os dois primeiros cursos de ciências jurídicas e sociais do país: um em São Paulo e o outro em Olinda, este último mais tarde transferido para Recife. Até então, todos os interessados em entender melhor o universo das leis tinham de ir a Coimbra, em Portugal, que abrigava a faculdade mais próxima.

Na capital paulista, o curso acabou sendo acolhido pelo Convento São Francisco, um edifício de taipa construído por volta do século XVII. As primeiras turmas formadas continham apenas 40 alunos. De lá para cá, nove Presidentes da República e outros inúmeros escritores, poetas e artistas já passaram pela escola do Largo São Francisco, incorporada à USP em 1934.

Cem anos após sua criação dos cursos de direito, Celso Gand Ley propôs que a data fosse escolhida para homenagear todos os estudantes. Foi assim que nasceu o Dia do Estudante, em 1927.